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O NATAL DO PANETONE

Finalmente se faz justiça ao panetone no Natal brasileiro. O Natal precisava dessa injeção de gás para reavivar a tradição do espírito de “é dando que se recebe”. Não poderíamos esperar outra coisa de Brasília, graças à iniciativa de Arruda, o ainda governador do Distrito Federal, presentear a sua periferia com o nosso dinheiro, oriundo do caixa 2 de empresas que venceram licitações do governo, desde que contribuíssem para aumentar o patrimônio de uma patota que rouba, a bem do corporativismo.
Com o gesto generoso de suprir famílias carentes com panetones, Arruda mostrou que está em sintonia com o eleitor de maior nível de instrução no Brasil, reforçando o respeito profundo que guardamos quanto aos valores familiares, consagrados no espírito de nepotismo que grassa entre nós.
Pois cada vez menos as pessoas se preocupam em ter amigos, cultivar bons relacionamentos pessoais e ser verdadeiramente amadas. Querem apenas ser admiradas e bajuladas no seio de relações profissionais. Só pensam na carreira e no sucesso.
A troca interesseira de favores é o caminho mais rápido para corromper os valores. O corrupto tende a se relacionar muito bem com outro corrupto. Sociais, gentis, parecem tão sérios. São peças fundamentais no avanço da promiscuidade, não hesitando em sujar o espírito de Romeu e Julieta materializado no panetone e desacreditar o Natal.
O panetone nasceu no século XV, em Milão, quando um jovem se apaixona pela filha de um padeiro. Buscando surpreender o pai da moça que não aceitava o namoro, cria um pão na base de massa fermentada, enriquecida com gemas, frutas cristalizadas e passas, que jamais seria esquecido no mundo, tamanho o amor que sentia o Romeu pela sua Julieta. Com o movimento da padaria crescendo significativamente em busca do pão, atribuiu a autoria da deliciosa receita ao pai da Julieta: Toni, o pai padeiro, o pão do Toni, o pane Toni, até ser denominado panetone. O aprendiz de padeiro acabou por abiscoitar a maior atração da padaria.
Há que preservar o panetone, símbolo do Natal, da praga da corrupção.

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Antonio Carlos Gaio
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