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O QUE HÁ POR TRÁS DA DESCONTAMINAÇÃO DE FUKUSHIMA COMPARADA AO BRASIL DOS PESSIMISTAS

Muito se falou que era mais fácil ao Japão se reconstruir depois do tsunami e terremoto de 2011, que puseram em xeque a segurança de suas usinas nucleares e, em consequência, a única energia de que o país dispõe para mover sua fabulosa tecnologia, do que recompor os sérios estragos provocados pela descomunal enchente à mesma época que arrasou com a região serrana do Rio de Janeiro. Não sem uma certa razão, salvo se pessimistas donos da verdade enxergassem o todo e não somente as mazelas do país tropical. A usina de Fukushima, à beira-mar, defronte à costa americana do Pacífico, está passando pela maior operação de descontaminação nuclear da História, com prazo estimado para concluir, e se perder de vista, em 2050. A remoção de terra e escombros da região contaminada está atrasada, pois a limpeza sem precedentes necessita de seres humanos trabalhando sob altos índices de contaminação, quando não há nem consenso sobre os efeitos da exposição a pequenas doses de radiação. O governo japonês, disfarçado de iniciativa privada para fazer o trabalho sujo de contratar ciganos nucleares, mão de obra barata e temporária, teve que se valer da Yakuza, a poderosa máfia japonesa, para correr atrás de desempregados ao relento na região do tsunami, de sem-teto, moradores de rua, indigentes, endividados e aposentados que não conseguem se sustentar, que só receberão pelos dias trabalhados, sem seguro saúde ou compensação pelo período em que ficarem doentes – parcela maior dos 200 dólares diários irá para o bolso da Yakuza. Melhor isso do que dormir na rua em pleno inverno e sem comida, embora equivalha à sentença de morte a tentativa em desaquecer os reatores atômicos. Mesmo sob o risco de comer sushi e sashimi contaminados ou sujeitos à radiação com a possibilidade nada absurda de um novo terremoto ou tsunami, Tóquio foi escolhida como sede dos próximos Jogos Olímpicos, dentro do mesmo “padrão FIFA” que selecionou o Rio de Janeiro como capital das Olimpíadas e da Copa do Mundo, com sua imunda Baía de Guanabara – as opções estão se escasseando no planeta.

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Antonio Carlos Gaio
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