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OS DELATORES ESTÃO SAINDO NO LUCRO MESMO TENDO QUE DEVOLVER O DINHEIRO ROUBADO

Sérgio Machado, um dos altos diretores da Petrobras e o delator da vez na Operação Lava-Jato, pôs a História do Brasil a limpo. Desde 1946 (seu pai foi ministro de Jango Goulart) que políticos indicam seus aliados para cargos estratégicos em estatais. Os fornecedores, que hoje viraram polvos gigantescos por sempre quererem ampliar vantagens com contratos superfaturados, aumentaram astronomicamente a margem de lucro por meio de aditivos de onde arrecadavam as propinas para os políticos que os apadrinharam. Se não pagassem ou deixassem de contribuir, não iam prosseguir mamando nas tetas de novos contratos. 3% no âmbito federal, de 5 a 10% no estadual e 10 a 30% no municipal. Não é só na Petrobras, é na Eletrobrás, no Departamento Nacional de Obras contra as Secas ou de Infraestrutura de Transportes, Fundação Nacional de Saúde, Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação, Cia. Docas. Nem tudo, porém, é desgraça nessa constatação. O delator ladrão se sente um herói por revelar as vísceras da corrupção que grassa desde os tempos republicanos (antes éramos uma colônia escravagista), potencializada no século XXI devido ao desenvolvimento extraordinário empreendido no Brasil, especialmente na área petrolífera. O que atraiu os sanguessugas, agora travestidos de delatores para salvar sua própria pele, mas invocando vergonha perante sua família, embora irmanando-se em moral igual aos dos deputados quando votaram pelo impeachment em nome da tradição, família e propriedade. Os delatores não têm vocação para o suicídio e são capazes de entregar sua própria quadrilha, para a qual operava, gravando conversações entre eles como se fossem agentes policiais, aptos a desempenhar qualquer papel em prol de uma prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica no máximo de 3 anos, ao invés de 20 anos gramando num presídio, além de devolver um dinheiro que nunca foi seu. Ainda assim, o crime compensa.

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Antonio Carlos Gaio
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