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OS MENINOS DE LULA

Rir para não chorar.
A escalação de um dos núcleos de inteligência da campanha de Lula é a seguinte: um churrasqueiro com nome de chuveiro, que, nas horas vagas, cuida dos pepinos de Lurian, filha do Lula; um expedito que é diretor do Banco do Brasil; um Bargas, que não é Vargas; Hamilton, o braço-direito do Mercadante, mais um a não saber de nada. O próprio exército Brancaleone. Com amigos assim, você não precisa de inimigo. Era impensável uma lambança maior do que a de Palocci e Zé Dirceu – se é que ele não está por trás. Se continuar assim, o Lula, para provar que não sabia de mais uma armação, terá de pedir desligamento do PT e o trabalhador perder mais uma oportunidade de mostrar ao patrão que é capaz de tomar conta do conjunto de negócios que hoje em dia se chama país.
Se metem os pés pelas mãos quando Lula está por ganhar, imaginem se FHC fosse o rival! Num instante iam arrumar um filho de contrabando como Collor fez com Lula. É insaciável a conquista do poder por gângsteres de dossiês que desestabilizam um regime de liberdade e desencavam fantasmas como o de Gregório Fortunato e Watergate, trazendo à tona o golpe ou a demissão do operário-presidente. Os vermes não cansam de sugar as nossas entranhas nos porões da atual democracia brasileira.
Assim como a Polícia Federal de FHC exibiu a dinheirama da campanha de Roseana Sarney em 2002 para inviabilizar sua candidatura, a Polícia Federal de Lula usou de dois pesos e duas medidas para não melar a candidatura do presidente.
A honestidade do PT já foi alvo de admiração até dos virgílios da vida. Os pefelistas, de organização cartorial, nunca tiveram um projeto que mudasse a face do país. Assim como eles, os tucanos passaram batido pela jogatina da privatização em que os interesses da nação foram sucateados. De repente, descobriram que o PT não lava mais branco. Pior, choveram acusações de assassinatos de prefeitos e compra do Poder Legislativo sobre as cabeças coroadas de uma camarilha que sujou o nome da esquerda. Pior, o ministro da Fazenda invadiu o sigilo bancário de um caseiro que denunciou a República de Ribeirão Preto.
Ora, se já tinha sido difícil aturar um Palocci muito melhor do que Malan do ponto de vista neoliberal, a ordem agora é fuzilar essa malta que usa o Bolsa-Família como voto de cabresto. Irritados com a falta de capacidade cognitiva do povo, terão que avaliar, maquiavelicamente, se é melhor submeter Lula a um terceiro turno ou fazê-lo sangrar por quatro anos até que se elimine essa raça da esquerda que insiste em luta de classes ou em regime de cotas para universidades.

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Antonio Carlos Gaio
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