Como pode um peixe vivo, viver fora da água fria? Como poderei viver, como poderei viver? Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia! Um canto folclórico em favor do casamento. Aparentemente, se não podes viver sem a tua companhia, se precisas dela por baixo de sua coberta, compartilhar as refeições, rezar a mesma missa, mal escondendo a ambigüidade do casamento, pois um peixe vivo não se engana com a fria que ele é. Solitário inveterado, procura outras águas que não as do casamento que, com o tempo, esfria, pelo fato de os atores não saberem mexer no cenário e escrever um outro romance, apartando-se do teatro que fizeram de suas vidas. Buscando águas mais sedutoras onde o encanto predomina sobre a truculência do ciúme, para o peixe manter-se vivo e esperto, evitando de morrer pela boca.
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