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POR QUE NÃO FOI O LADRÃO QUE MORREU?

A vida é um passeio para o ladrão numa bicicleta, sua visão só alcança o cordão de ouro. Pela orla de Ipanema, passeavam Giorgio, o pai, a mãe, recém chegados da Itália para casar seu irmão com uma moça de Minas. Giorgio saiu em defesa do pai e se embolou com o ladrão, luta corporal que foi do calçadão para a avenida. O motorista do ônibus tentou frear, deixando marcas na pista, mas não conseguiu evitar que passasse por cima de Giorgio, com bicicleta e tudo – em 18 anos de direção, o desafortunado nunca havia atropelado ninguém.
Que injustiça, por que o bastardo não morreu e conseguiu fugir? Para desgraçar o casamento do irmão de Giorgio? Para estraçalhar a família italiana? Para nos contagiar com toques diários de selvageria e enlouquecer o pai de Giorgio, que tirou o relógio, pegou a carteira e atirou na nossa cara, envergonhada com o Brasil, vociferando: “É dinheiro que vocês querem? Podem levar tudo que é meu. O Brasil é um país de merda, levou o que eu tinha de melhor!”.
Pena que Giorgio pensou diferente do pai. Tarde demais. Não deixou o ladrão ir embora com uns gramas de ouro, de tão apegados que somos aos bens materiais, de que nada servem lá no Plano Espiritual.
Quando puseram os pés fora de casa, nem Giorgio imaginou que não retornaria à sua querida Itália, muito menos que esse sujeito perdido no anonimato se convertesse num agente do Eixo do Mal, tamanho o rastro de destruição que atingiu a Itália, a família, um casamento e um motorista de ônibus.

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Antonio Carlos Gaio
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