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REBAIXAMENTO GERAL NO BRASILEIRÃO 2009

O Brasileirão de 2009 foi marcado pela tônica do rebaixamento, a despeito de ter sido o mais emocionante dos últimos tempos. A liderança passava de mão em mão, na maior promiscuidade, como antes nunca se viu, estarrecendo até os juízes que roubaram nossos times.
Uma disputa tão equilibrada que eliminou a discriminação entre time grande e pequeno, de quem está por cima ou por baixo, se as posições se invertiam conforme os adversários se cruzavam – não havia jogo fácil ou previsível.
Mesmo sofrendo novo vexame ao perder outra decisão para a LDU, o Fluminense merecia ter sido campeão pela sua campanha histórica em se livrar do rebaixamento, superando todos os títulos que conquistou desde 1906. Um campeonato que não teve dó do Curitiba, em seus 100 anos de existência, e o rebaixou. Um campeonato que se apiedou das atuações medianamente boas do Botafogo e não o rebaixou. Puniu o Sport de Recife por ter ganhado a Copa Brasil e sonhado ir ao Japão campeão da Libertadores, arrastando o Náutico e o estado de Pernambuco para o descenso.
E o Ronaldo do Corinthians? Quer ir à África do Sul disputar outra Copa? Será que não tem ninguém para buzinar no seu ouvido que parece uma pata-choca quando em velocidade cai e se esparrama no gramado, esbagaçando-se todo? Todavia, o marqueteiro se empenha em campanhas publicitárias para não ser rebaixado.
O Atlético Mineiro penou tanto para não ser esquecido como um dos candidatos ao título, que acabou rebaixado quando terminou atrás das primeiras colocações e, o que é pior, o inimigo Cruzeiro passou-lhe a frente – logo o amarelão do Cruzeiro, que perdeu a Libertadores no Mineirão justamente para os argentinos. Comportamento típico do andar de baixo é o do técnico Hélio dos Anjos, quando perdeu oito jogos seguidos desde que garantiu que no seu Goiás não havia boiola.
Por vezes, o Palmeiras pareceu que se sagraria campeão por se distanciar muito na liderança. Bem que merecia! Mandar Luxemburgo passear e trazer Murici de técnico não é para qualquer um – ambos iguaizinhos no palavreado truculento com que ameaçam o futebol com sua sapiência. O que obrigou o presidente Beluzzo a não ficar para trás e também se rebaixar, ofendendo mui justamente o juiz da Copa, o “Brilhantina” – também chamado Eugênio Simon, em processo irreversível de desqualificação ao prestar inestimável colaboração para rebaixar o nível da arbitragem.
O Internacional nunca chegou àquilo que pensou que fosse desde o início do ano letivo, rebaixando-se ao circunscrever seu horizonte a apenas derrotar o Grêmio Porto-Alegrense. Fez jus ao troco dos gremistas, que repetiram o gesto de amor do Ronaldo Fenômeno: entregaram o jogo para o Flamengo se laurear campeão na maior moleza e felicidade. Mancharam a reputação do futebol brasileiro no país do mensalão e se rebaixaram. Pudera, o Grêmio se orgulhou de não ter sido derrotado em casa, embora fora jogasse como uma equipe de 2ª divisão.
 Adriano desistiu de jogar em Milão para dar um tempo na vida, baixando de categoria. Mas saiu da zona do rebaixamento quando encontrou refúgio no Flamengo, recuperou seu lugar na seleção e ergueu seu clube de coração ao lado de Pet, Bruno e Andrade. Mas, de chinelinho, queimou seu tornozelo no cano de escape de uma moto, o que não o impediu de tornar-se um dos artilheiros do Brasileirão.          
Os bem-sucedidos são-paulinos não voltaram a ser campeões como sempre apregoam – rebaixa-se quem arrota um falso sentimento de superioridade e não confirma em campo. Rebaixou-se quem tentou rebaixar o Rio de Janeiro, por necessitar também de um choque de ordem no seu futebol profissional. Como se os clubes bem aparelhados e organizados funcionassem como máquinas que não falham logo num esporte lotérico. Em vista de o campeonato ficar marcado pelos líderes em constante revezamento, e não ratificando o retrospecto. Conquistou o título quem errou menos e não quem jogou mais. Quem se apresentou com mais regularidade e maior equilíbrio, já que escasseiam os craques que decidem partidas em jogadas notáveis. Daí Petkovic, com 37 anos e gols de corners, ser avis rara.    
Ave, Flamengo!

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Antonio Carlos Gaio
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