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RÉVEILLON DE 2021 E A PANDEMIA

28 de dezembro de 20O Réveillon de 2021 se espremendo por entre a pandemia para somente eclodir em concomitância com a ação da vacina, se vitoriosa. Utopia? Fé? Ou puro desejo? Quer dizer, então, que a queima de fogos de artifício em comemoração à passagem do ano não terá o menor sentido? Será ridículo saudar o Ano-Novo se não se tem certeza do alcance da vacina atingir as pessoas mais miseráveis? Um continente do tamanho da África.
O brinde de champanhe poderá se tornar amargo se não puder abraçar os pais, ou os avós ou filhos e netos, amigos, enfim. O abraço fraternal vai fazer falta. As uvas que tanto ilustram as boas entradas perdem seu charme. E o que não dizer do beijo na boca entre dois seres que se amam? Impedido por um vírus minúsculo e desprezível, mas com um domínio pleno e absoluto sobre a Humanidade no planeta, que nos aterroriza como se fôssemos protagonistas de um interminável filme de science fiction.
Vai que o beijo contamine tanto um, quanto o outro. E a tantos outros que forem sendo beijados na corrente da alegria e do êxtase, sucumbindo justamente aqueles que procuravam um amor sincero e fiel. O beijo da morte.
Esse, o verdadeiro desafio. A esperança em torno do Ano-Novo vencerá a disputa com o recado que o vírus está tentando passar para a Humanidade? Acostumada a só lidar com coisas que possa enxergar e entender, que só façam sentido se puder ligar as partes e o Todo responder a suas dúvidas. Se já nos cansamos da máscara e deixamo-la pendurada no queixo. Vencidos pelo calor ou mal respirar, dizem.
Esqueceu-se da vacina? Da trajetória da ciência, especialmente nos últimos 150 anos? Será que cabe continuar a fingir na continuidade do homem comandando tudo o que há de novo a influenciar nossa realidade? Regendo em alta tecnologia o que nos embasbaca e nos dá a ilusão de primazia e inteligência.
Ah, é? Como então pôr o mundo para funcionar, se alguns modelos e hábitos já desapareceram em ralos e bueiros? Como recuperar o tempo perdido nas escolas justamente para as crianças com a formação mais deficiente? Como pôr um mundo no lugar desse, se já defasado, redundante e alvo de metástase?
A solução, até por não encontrar outra, é viver da mesma forma e festejar o vencer o Ano Velho como se nada tivesse acontecido. Com a mesma superficialidade de sempre, a usual pobreza de espírito, falta de solidariedade, o egoísmo ereto, e completamente perdido por não saber o que fazer da vida em tempo de pandemia.
Vai acordar do pesadelo com uma puta dor de cabeça. Com receio de avançar no futuro nada promissor ou de tentar voltar atrás no passado para se arrepender de algum ato impensado. Tarde demais! Você já se encontra no meio do desafio e ninguém poderá salvá-lo dessa enrascada. Nem o papai ou a mamãe, falecidos faz tempo.
Que a escolha faça jus ao Feliz Ano-Novo!

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Antonio Carlos Gaio
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