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VIDA PASSAGEIRA

Só temos conhecimento de que a vida é passageira e passa rápido que nem um raio quando ficamos velhos. Se pudéssemos ter consciência do quanto é passageira, talvez refletíssemos mais antes de jogar fora oportunidades vitais que surgem à nossa frente, desperdiçando a chance de sermos e de fazer os outros felizes.
Por exigirmos demais, não fazendo concessões e cobrando soluções de imediato, muitas flores são colhidas cedo demais. Lidamos mal com situações irresolvíveis, não que não possam ser equacionadas, mas que carecem de maior equilíbrio e maturidade para não se desconhecer que precisam de tato e menos pressão em dilemas que nos atormentam. Mesmo que a resposta não seja a contento, convém examinar o que há por trás de tudo porque o que é seu pode estar guardado.
Mas a falta de vivência ou sabedoria não nos deixa pressentir. E acabamos por nos descuidar. Zelando pouco por nós ou pelos outros. Permitimos que as coisas pequenas adquiram uma dimensão excessiva e nos entristecemos, perdendo horas preciosas. Talvez dias, quiçá anos. Ou nos calamos para aquietar o clima quando deveríamos falar, ou falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio. Não damos o abraço que tanto a nossa alma requer porque algo em nós impede essa aproximação. Não extravasamos afeto e evitamos dizer “eu gosto de você” por inferirmos que o outro já sabe automaticamente o que sentimos. E assim nos apagamos no breu da noite para o sol nascer e continuarmos os mesmos.
Fechados em nossa personalidade, não paramos de reclamar do que não conseguimos ter ou de não termos o suficiente. Um rosário de queixas e de cobranças de nossos semelhantes, de nossas atitudes, da vida, de nós mesmos. A prosseguir nesse passo, passaremos pela vida e não viveremos. Apenas sobreviveremos, a sinalizar que não sabemos fazer outra coisa.
Nós estamos aqui de passagem e, se não prestarmos atenção, quando formos olhar para trás, é tarde para se arrepender do que perdemos. Restando a você a singela missão de, por onde passar, iluminar o caminho para aqueles que estão à sua retaguarda, a fim de que não se percam do rumo certo.

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Antonio Carlos Gaio
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