O Dia dos Namorados costuma ser mais comemorado do que o aniversário do casamento.
Apesar do clamor da juventude ecoar mais paixão quando enamorada, o casal, amadurecido pelo peso dos anos juntos, pode não diminuir o fragor do amor.
A ilusão do namoro pode ir longe, justo ao casamento, sem que se descubra nada revelador que interrompa a comemoração do Dia dos Namorados.
Mas o casamento pode retroagir ao passado e destruir as labaredas nas quais o amor ganhou corpo. Quando tudo começou num Dia dos Namorados, trazendo o frio a reboque, pedindo agasalho, cobertor e cama. A febre já ardia e havia que se cuidar. Foi bom. Começou por um cuidar do outro.
Mas o casamento vira a página do Dia dos Namorados. Não que não dê para namorar todo dia, mas, convenhamos, a realidade é outra.
O que está mais em voga hoje em dia é o casal se encontrar no Dia dos Namorados para ver se rola de vez essa relação. Se desengata do torpor que usualmente acomete o amor. Se desinibe dos vacilos que nos retardam. A comemoração não resiste ao amanhecer.
O Dia dos Namorados não se equipara ao Natal nem ao Dia das Mães ou dos Pais, por todos os eventos se associarem à família. O Dia dos Namorados, um dia, quem sabe? Todavia, ainda passa pelo crivo severo se não dá para viver junto ou se é ou não uma relação séria, assumida ou não, a caminho do compromisso, se vai ser família e se transformar em festejo natalino. Como todo e qualquer casal. Independente da opção sexual.
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