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POR QUE NÃO APRENDI A VIVER ASSIM ANTES?

Inspirado em Allan Kardec

A jornada na Terra sempre chega ao fim. Algumas vezes é necessário que o processo de envelhecimento, doença e morte seja acompanhado ou assistido de perto por alguém, que terá a responsabilidade de garantir o respeito, a dignidade e o conforto físico. Não existe gesto mais nobre de amor do que ajudar uma pessoa em vias de partir para o Plano Espiritual. Também não existe momento mais oportuno para aprender a ingressar na vivência espiritual, e a viver plenamente o amor que existe dentro de você, graças a quem já está morrendo. Ajuda a desmistificar a morte. Pois, perante a morte, muitas pessoas se abalam e entram em pânico.
Ao contrário do Espírito, que considera a morte um momento grandíssimo e extraordinário. É um prazer para o Espírito quando vê chegar o fim do seu exílio, posto que o corpo frequentemente padece mais durante a vida que no desenlace da morte. Ao eliminar os liames que o prendem ao corpo, o Espírito emprega todos os seus esforços para os romper de vez.
Ajudar alguém nos últimos meses ou anos é uma das maiores responsabilidades que alguém pode ter, pois o idoso ou o doente vem acumulando dificuldades. Em contrapartida, virão grandes conquistas para a vida interior de quem se dedica a essa missão, em função de seu amadurecimento pessoal, pois se colhe muita aprendizagem à medida que se vai entrando nos últimos anos de vida, fundamental para o futuro do Espírito. Por descobrir na humildade a indagação: “Meu Deus, por que não aprendi a viver assim antes?”.
Nunca é tarde para esta transformação, que será muito importante para o porvir. Portanto, não fique tão triste com as perdas e a deformação da sua juventude e de seu rosto e do arqueamento de seu corpo, que acompanham a velhice e que trazem doenças em seu bojo. São oportunidades únicas para realizar seu aperfeiçoamento espiritual. Primeiro porque tiram de si o peso da sociedade em que encarnou, uma prisão brutal para a maioria das pessoas. Nos oprimindo com o excessivo valor que se dá ao orgulho para depois virem as doenças e as limitações da idade e jogarem por terra grande parte das vaidades e do desejo de ser aceito. Afundando o ego bem lá para baixo, quando não o surta com depressões.
Contudo, a queda do ego é a porta aberta para a emersão do Espírito. O corpo vai virar cinzas, mas a vida espiritual ainda é longa. Por isto, tenha serenidade para analisar estas perdas e aceite cada passo que a Natureza lhe determinar, usando sempre um diálogo espiritualizado para facilitar o entendimento das provações e a sua superação.
Para quem fica, a desencarnação é sentida como saudade, a falta imensa de quem partiu e não volta mais. Para quem cruzou o grande rio que lembra um oceano, se transmutando em Espírito, representa a libertação dos martírios por que passou. Chegado o momento de voltar para a vida espiritual, tudo o que necessitava para aqui viver já fora assimilado.

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Antonio Carlos Gaio
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