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A ATÉIA CUBA APARECE COMO GRANDE LÍDER CONCILIADOR ENTRE CATÓLICOS E ORTODOXOS

Precisou passar mil anos do Grande Cisma que separou católicos e ortodoxos – ramos oriental e ocidental do cristianismo – para que o Papa Francisco e o Patriarca Kirill aceitassem se reunir. Face ao extermínio promovido pelo Estado Islâmico e outras fações fundamentalistas de famílias inteiras, aldeias e cidades com substancial representatividade cristã no Oriente Médio e Norte da África. As duas Igrejas unidas podem fazer muito para proteger o rebanho cristão. De que adianta divergir quanto à Virgem Maria, pecado original, purgatório, estátuas, crucifixo, liturgia, autoridade máxima e se a igreja deve ter bancos para sentar ou não? Se os cristãos estão sendo impiedosamente dizimados pelo exército de Alá. Tamanho acordo no meio de religiões seculares só poderia ser celebrado em Cuba, graças ao presidente cubano e ateu Raúl Castro, em retribuição à mediação do Papa Francisco na normalização das relações entre Havana e Washington. E ao fato de Cuba ser aliada do governo russo desde os anos 1960 ter permitido que o Patriarca Kirill revitalizasse a pequena comunidade ortodoxa na ilha após o desaparecimento da União Soviética, deixando a Igreja Católica para trás. Para Cuba aparecer como um anfitrião confiável, discreto e seguro, mestre do pragmatismo e flexível na ideologia, como nunca nenhum analfabeto político no Brasil poderia sequer imaginar.

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Antonio Carlos Gaio
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