Confesso que errei. Quando me disseram que viria uma ditadura com os três poderes funcionando e sem haver censura com as redes sociais soltando o verbo a torto e a direito. Não podia imaginar o Judiciário pautando o Brasil com um juiz de primeira instância (Moro) fraudando processualmente e incentivando a delação sob o subterfúgio dos mais variados recursos ilícitos para revesti-la de legalidade, acobertado pela antiga e grande mídia que sustenta a venda do país na maior desfaçatez, assim como também compra o Poder Judiciário sob a ameaça de desmoralizar juízes no Jornal Nacional, resultando numa Suprema Corte abastardada. Inocência minha não prever um rombo fiscal agravado pela reforma trabalhista recém-aprovada para atender a classe empresarial, que resultou em decréscimo do número de cargos oferecidos no mercado e queda na renda do trabalhador, quando o governo golpista prometeu que tudo seria diferente sem Dilma – e foi mesmo. Imperdoável não pensar que iriam tão longe, concebendo tirar Dilma do poder e o juiz Moro prender Lula, impedindo sua vitória nas eleições através do consenso de uma enorme quadrilha que se instalou no país, parte organizada para assaltar o poder, parte para direcionar o destino da nação em favor dos mais poderosos. Provavelmente não quis ver o solapamento das conquistas sociais e da recuperação da autoestima da classe operária na era petista. Subestimei a direita fascista aliada à elite maldita saindo em campo representada pela tropa de choque formada pela classe média que se julga rica. Classe essa que tem um nível de instrução que a capacita a ter conhecimento do grau de maldade e perversão de seus atos. Instalando um clima de guerra civil no país. Com atiradores fascistas disparando para matar manifestantes pró-“Lula Livre”, nas cercanias do presídio administrado por Moro. No intento de cunharem a nação à sua feição, levando-a à miséria econômica e moral, pouco se importando esses irresponsáveis, todos eles, com o seu próprio destino, tamanho o ódio racial e segregacionista. Uma ideologia suicida, que lembra as décadas em que o povo alemão se consumiu para se evadir do nazismo, depois da política de terra arrasada.
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