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“ADONIRAN; MEU NOME É JOÃO ROBINATO”

O filme é uma cinebiografia do pai do samba paulistano, Adoniran Barbosa (1910-1982), que criou um estilo de cantar que marcou época pela desconstrução do idioma português com bom humor em estilo único, notadamente na década de 50 e 60, celebrizando “Trem das Onze”, “Saudosa Maloca” e “Samba do Arnesto”. A persona iniciou a ser construída em rádio como humorista, fundamental na figura engraçada que se tornou um sucesso, mas que também inseria a crítica social e expunha mazelas, desigualdades e especulação imobiliária. O filme reúne uma série de preciosidades como depoimentos incríveis de familiares, roteiros ainda desconhecidos de programas de rádio dos anos 1940 e 1950, além de imagens raras de filmes “paulistas” em que atuou nesse período, surpreendendo o “Trem das Onze” cantado em italiano por um ilustre desconhecido que nunca lhe pagou direitos autorais. A grande sacada de Adoniran foi quando passou a olhar para São Paulo depois de tentar se espelhar no samba carioca com ginga de malandragem e letras mais rebuscadas. Criando a trilha sonora natural para São Paulo da época, que se sentia ofendida por Vinicius de Moraes ao ter declarado que a terra da garoa era o cemitério do samba. O diretor Pedro Serrano fechou bem o foco em Ellis Regina que, rendida a seu ar melancólico e atento a seu cotidiano, pronunciou-se com seriedade que não se deve rir de Adoniran por tudo que personifica em cenas reais (de seu physique de rôle), no máximo, sorrir.

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Antonio Carlos Gaio
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