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CAPÍTULO V – DESESPERAR, JAMAIS!

Vocês sabiam que eu fui deixando o sofrimento para trás? Isso acontecia à medida que a carne viva no pescoço, o tórax devastado, as dobras nos membros inferiores e superiores, a vermelhidão das queimaduras, o Todo impedia meu locomover e eu me resignava, ajudando-me a suplantar as barreiras. Não havia outra alternativa senão aceitar as adversidades, nem mérito nisso. Não havia outro remédio tampouco. E desesperar, jamais! Como na música de Ivan Lins: “Desesperar jamais / Aprendemos muito nesses anos / Afinal de contas não tem cabimento / Entregar o jogo no primeiro tempo / Nada de correr da raia / Nada de morrer na praia”.
Ainda mais que eu desconhecia ser esse um passe livre para desbravar o mundo espiritual e seus labirintos. Nos quais estou passando a conhecer melhor um hemisfério pouco explorado de minha mente, salvo no exercício diário da minha literatura, quando sinto que estou sempre sintonizado sob a influência e inspiração psicográfica, todo o tempo, seja qual for o tema, e não somente a espiritualidade, regido por um carma que não sei distinguir entre aquele a que a encarnação se destina equacionar, senão solucionar a sua incógnita, e o carma no seu todo, gravado no inconsciente que nos perturba, fora do alcance de minha vontade para superá-lo.
Há quem diga que meus testemunhos são muito difíceis porque conjugam dor física, dor moral e dor espiritual, posto que, enquanto desencarnado, no Mundo Espiritual, eu pedi tudo isso para limpar as cicatrizes da alma, conseguidas em vidas pregressas.
O tratamento espiritual não traz necessariamente a cura, mas o entendimento daquilo que a doença representa em sua vida.
Quando tudo parecia correr bem, eis que a quietude deu lugar à inquietude com a chegada de uma notícia: um homem de bem, que iria comemorar meu restabelecimento, sofreu um aneurisma, e precipitou seu fim no curso de uma queda. A caminho da quinta intervenção espiritual, em 18 de setembro de 2015, o atraso provocado pelo tráfego em conjunção com um espírito obsessor ao volante não me permitiu sintonizar como de outras vezes com os espíritos curadores através dos cânticos. Fazendo com que a leitura do item 22 (“Se fosse um homem de bem, teria morrido”) do capítulo 5 (“Bem-aventurados os aflitos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, desaguasse numa mesquinha visão do grande Todo, escravo de uma mente obtusa, a julgar aquilo que não podeis compreender e a indagar o porquê de tanta gente de bem morrer no lugar de pessoas más, quando aquele que parte pode ter encerrado sua função na Terra e o que permanece entre nós talvez nem tenha começado. Se a verdadeira liberdade se encontra na libertação dos laços corporais, enquanto a Terra pode ser equiparada a um imenso cativeiro. Ou seja, o que lhe parece um mal, se afigura como um bem.
O telhado da Fundação Marietta Gaio começou a ser substituído por um padrão completamente diferente de 45 anos atrás (veja foto anexa e confronte), pois virá forrado com isopor e diminuirá a temperatura interna, além de permitir que se ande por sobre as telhas sem quebrá-las.

Telhado Fundacao Marietta Gaio

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Antonio Carlos Gaio
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