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CAPÍTULO XXXVIII – AUTOSSUFICIÊNCIA

Existem mentes receptoras com facilidade para captar manifestações espíritas e descobrir espíritos que vagueiam no plano físico, ainda sem saber que desencarnaram, nas redondezas de sua casa ou de locais que costumavam frequentar. Capazes de encontrar uma alma errante três anos depois de sua morte, vítima de um câncer agressivo nos seus 57 anos que o levou em 3 meses, quando gozava de boa saúde, cuja lembrança permanece viva até hoje de tão fascinante que era sua personalidade. No sonho, era noite, de tom não lúgubre, mas com o ar fresco e o chão molhado por uma chuva fina, interrompida não fazia muito tempo. A mente receptora se achava sozinha na rua com poucas pessoas circulando, até que se deparou com ele, seu colega de trabalho, e tomou um bruto susto. Ele mal conseguia segurar um lindo buquê de flores que chegava a encobrir o seu rosto. A mente receptora logo notou que seria endereçado à mulher com quem ele teve um relacionamento amoroso que transformou seu perfil de mulherengo num ser inteiramente devotado a ela e que somente se distanciou dela por conta de seu falecimento precoce, ignorando que ela já estava se relacionando com outro homem. No sonho, a mente receptora, se dando conta de que ele já não estava mais vivo, perguntou: “O que você está fazendo aqui?”. “Vou encontrar o grande amor de minha vida.” – respondeu-lhe numa esquina próxima à residência de sua amada. Prontamente, a mente receptora informou: “Você não pode estar aqui, você está morto, você precisa ir para a luz.”. Ele não respondeu, apenas foi se afastando até desaparecer.
A trigésima oitava intervenção espiritual, em 9 de junho de 2017, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre os itens 17 e 18 (“A Indulgência”) do capítulo 10 (“Bem-aventurados os que são misericordiosos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Sedes indulgentes para com as fraquezas dos outros. Quando perdoardes, não vos contenteis em estender o véu do esquecimento sobre as faltas de vossos irmãos. É preciso acrescentar-lhes amor que purifica no lugar da cólera que desonra. Prática que poucos observam quando todos nós temos más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar, um fardo pesado para poder galgar o cume da montanha do progresso espiritual. Por que então, alma errante, foste observador tão exigente, homem muito orgulhoso, por se julgar superior aos seus irmãos encarnados em virtudes e méritos? Quanta insensatez na falta de modéstia e humildade ao não aceitar que já estava desencarnado! Ou será que não se apercebia? Cegado pela obsessão de pretender continuar cultivando o mesmo amor a que se entregou quando encarnado. Para prosseguir redimindo o seu passado obscuro e expiar sua culpa, fazendo as pazes com seu caráter e se sentindo melhor, ao aquietar sua alma. Na verdade, o seu processo era o de resgate de uma espiritualidade, seara que ignorava por completo, além de nunca ter depositado fé em qualquer valor transcendental maior e dispensar a fé por equipará-la à muleta. Ainda se imaginando autoimune.

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Antonio Carlos Gaio
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