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“DIVALDO – O MENSAGEIRO DA PAZ”

Divaldo Franco, o filme de Clovis Mello, foi muito bem construído do início ao fim. Irretocável. Só não supera seus coirmãos “Allan Kardec” e “Nosso Lar”, mesmo assim em função de prevalecer o que foi abordado. Como sempre a crítica só consegue enxergar a cinematografia espírita voltada apenas para os já convertidos e a serviço do proselitismo religioso ou da causa espírita no gênero exaltação. Talvez prefiram uma versão ao estilo de “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, que glamurizou as chicotadas em Jesus. Não compreendem quando se trata do poder mediúnico de criaturas dotadas de sensibilidade diferenciada e aguçada capazes de registrar a presença de seres que não estão mais entre nós, vivendo em universo paralelo ao nosso em múltiplas variações de intensidade e modalidades – mas não é só isso, é muito mais. A criança vê espíritos, mas é repreendida por esse comportamento anormal e encaminhada ao pároco local. A Igreja Católica como repressora de manifestações espirituais, não por ser má e perversa, talvez hegemônica, mas por pura ignorância. A ênfase em Divaldo incorporando espírito justifica-se para passar recado do quanto quem faleceu (desencarnou) tem a se queixar da família (que motivou até sua própria morte) ou a fazer reparos sobre aspectos completamente desconhecidos da psiquê do conjunto da família, especialmente sobre conduta. Mais complexo é a ação implacável dos espíritos obsessores que nos induzem a dar o mau passo e fazer o que não deve, até pondo em risco nossas vidas, sendo penoso atalhá-los sem mostrar-se ressentido e raivoso em resposta à ação malévola que perpetra – já que só o amor constrói. Divaldo nunca pôde pensar em si e em suas necessidades, adotando crianças e distribuindo agasalhos e comida à população de rua, até construir em 1952 um grande Lar para crianças socialmente órfãs, objetivando reconstruir o ambiente familiar, fornecendo a elas educação integral e capacitação profissional. Quem são esses grandes espíritas na sua essência? Quem são esses seres chamados espíritos? Já está na hora de evoluirmos e abandonarmos a argumentação tatibitate de almas penadas e fantasmas de outro mundo, de sua visão não alcançar o que o cinema já enxergou com bom gosto e apuro na realização. Se o amor no coração (não na mente), humanidade e solidariedade é interpretado como doutrina religiosa apenas por repisar a vida em espírito, aí já é preferência pela fantástica e extraordinária Idade da Pedra.

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Antonio Carlos Gaio
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