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É DE PROPÓSITO: 13 – JEITO DE SER NÃO É O MESMO QUE DIAGNÓSTICO

Já que terminei o capítulo anterior falando de luzes à minha volta, para os mais céticos, aqueles que só acreditam na ciência e acham que espiritualidade é coisa de maluco (como se não fosse inclusive estudada e comprovada pela ciência hoje), parto para um ponto bem prático. Fui à Neuropsicóloga antes de ontem. Depois de 1h15 relatando os principais fatos que eu julgava importantes para que ela me conhecesse psicologicamente, ela me deu uma resposta muito interessante:

“Se você quer mesmo fazer o teste de TDAH*, você pode, mas na minha experiência de muitos anos trabalhando com isso, por tudo que vi aqui, você não tem nada disso. Você é de uma simplicidade emocional muito grande e tem muitos recursos pra conseguir o que quer. A única questão é que você teve uma vida muito sofrida”.

*No capítulo anterior, eu contei que conversei com minha prima, né? Mas não contei o que ela me disse sobre TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperfoco. Pelos sintomas que ela me descreveu, me identifiquei, resolvi procurar uma Neuropsicóloga e fazer o teste, para ver se este seria o meu diagnóstico. Se explicaria tantos anos, desde a adolescência, de tanta dificuldade em persistir no que quero, sem ser derrubada por períodos depressivos. Por sempre me auto sabotar, procrastinar o que é mais importante, por ter tido tantos anos de uma autoestima tão baixa.

E aliados a momentos de doença e quase inércia, sempre vinham dias de insônia em que eu me culpava pelos momentos parada e de repente minha mente entrava num verdadeiro looping de autoculpa e autocobrança, de mil planos e ideias mil, mas, como eu não conseguia resolver os problemas no tempo que eu julgava necessário, eu acabava entrando de novo na tal depressão paralisante. Ficava que nem um ioiô entre os dois estados.

Não é à toa que uma pessoa que mal me conhecia, mas na época queria pegar algo que supostamente era meu (ninguém tem nada nem ninguém, doce ilusão), disse pra outro alguém que eu era bipolar. Bipolar era sua vó! Aliás, a minha. Mas eu não sou ela. Nem preciso caber no diagnóstico de ninguém que não vai poder me ajudar.

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Antonio Carlos Gaio
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