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GOZAR MUITO

Rufaram os tambores de Adriano e, para que ele continuasse titular, o seu pai-de-santo provocou uma distensão em Robinho, o único insubstituível do time que é reserva. Pois não adiantou muito. Não que se exija de Ronaldinho Gaúcho o título de melhor do mundo também na Copa, basta ser o Ricardinho que, em apenas 10 minutos, por quatro vezes, deixou os nossos cara a cara com o gol.
Foi a primeira vez que o Brasil viajou para disputar uma Copa do Mundo com o time definido e sequer contestado pelo torcedor, em virtude dos triunfos conquistados desde a regência de Felipão. Bastou o time entrar em campo para cada um querer formar sua seleção. Queremos um time para poder gozar muito, afinal, todos nós dependemos de fantasia e espetáculo para sermos felizes. Repilamos a enganação que campeia na política. A bunda arredondada não é uma necessidade gay, rebolar é fundamental para gozar nas redes. É um esporte de contato que, na tentativa infrutífera de se tirar o calção, ao menos se facilita trocar de camisa e vestir a que bem lhe couber. Uma batalha campal que se inicia com guerreiros sentando o cacete, enfiando a bola entre as canetas, abrindo mão do que é seu em nome do grupo, e terminando com beijinho beijinho, pau pau.
Todavia, Parreira não gosta de gozar por inteiro, ao contrário de Felipão. Só aos pouquinhos. Deixa o melhor da seleção para jogar só no fim da partida ou quando a competição afunila. Baseado no seu princípio de que Copa do Mundo não é o momento, é o currículo. Para um esporte tão imediatista que gira em função de resultados, fica esquisito um técnico tão travado administrar o gozo da torcida segurando a explosão do jogador brasileiro em busca do equilíbrio dentro das quatro linhas.
– Eles têm algo que nos pertence – reconheceu Essien da seleção de Gana, conhecida como os africanos brasileiros pela gana em atacar e meter gols.
Não chegou a esclarecer se fazia alusão à alma roubada dos africanos através do tráfico dos escravos que presenteou o Brasil com o futebol pentacampeão – uma África que deu certo. Faltou pouco para entoar conosco: “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amooor!”.

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Antonio Carlos Gaio
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