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IMAGINÁRIO SEXUAL

O imaginário do homem ocidental converge para o fascínio pela profissão mais antiga do mundo baseado no lema de quem sabe faz, quem não sabe que vá aprender. Daí enfiarem no mesmo saco prostituição e infidelidades, manchando a liberdade sexual ora em curso com suas impressões digitais em amigas de anos, na da turma de rua que lhe escapou ilesa, clientes ou alunas, a prima do peito, a vizinha e a cunhada que esperou pacientemente sua vez. No calor de suas andanças, confundem as estações e misturam alhos com bugalhos no frigir dos ovos da excitação. O que os aproxima de seus pais e avôs, eméritos freqüentadores de prostíbulos, na fuga ao sexo caseiro em busca do nirvana que transcende o orgasmo.
Já o imaginário do homem muçulmano procura não padecer na decadência da velhice e no ódio pelo mundo ocidental realimentado por Osama bin Laden, para logo ingressar no paraíso nem que tenha que morrer como homem-bomba. E viver como um sultão num harém composto exclusivamente de virgens – ele tem de ser o primeirão de todas. Se não for virgem, é puta. E puta não entra no seu harém. Faz questão de ignorar que depois as transformará em suas putas, pois ele é o centro do universo.
O pensamento é livre, mas a internet está tornando possível o que o imaginário sonha, pois conecta proxenetas e carentes em seus casulos na grande feira livre do amor. Explorando a esperança de incautos que não encontram outra saída. O que implica na total falta de limites a que chegamos sob o pretexto de alcançar um prazer até então inexplorado. Os membros dessa rede se identificam através do idioma do estupro ao abusarem do seu semelhante ou, no mínimo, arrancarem uma vantagem que equivale a um pedaço da alma. Não se dão conta de que se violentam numa espiral sem fim cujos lucros justificam os meios, em que a sexualidade levada ao extremo fere de morte o espírito.
Enredados na própria rede que tecem, trocam historinhas que seduzem, para no dia seguinte resultarem insatisfeitos e a quererem recomeçar imediatamente, pois essa é a essência do desejo. Nos deixar incompletos para o vício provocar o estrago em naturezas humanas tão despreparadas, predispondo-as a quebrar tabus, como banalizar o incesto através da distorção padrasto e enteada, e alcançar o ápice: a pedofilia.
Como se o balaio composto de prostituição, infidelidade, estupro, incesto e pedofilia não formasse um conjunto só, cuja essência é manter-nos escravizados à luxúria do desejo e não conseguir romper a barreira dos tempos. Aparentemente tão fácil, em se tratando de imaginário.

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Antonio Carlos Gaio
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