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IRRITA O HOMEM AS MULHERES JOGAREM NA SUA CARA O QUE ELE ANDOU FAZENDO DE ERRADO NO PASSADO

Mulheres guardam cuidadosamente na memória todas as falcatruas, maus passos, coisas ruins ou simplesmente vacilos ou deslizes que o homem andou fazendo com elas, e ao seu entorno, em passado recente ou mesmo longínquo. Um verdadeiro arsenal à disposição para que possam jogar na cara do homem o que registraram e nada comentaram à época, por não se aperceber da proporção do malfeito ou ainda não convir ou simplesmente omitir-se, para retaliar quando surgir melhor ocasião e for necessário.
Essa é uma das maiores facetas da mulher que o homem tem de enfrentar. Ou melhor, aceitar. O pior é que ele imagina que ela reage dessa forma por puro ressentimento, desconhecendo que tenta crivá-lo com tiros insolentes em legítima defesa para sobreviver. E a melhor arma para se defender, quando ela levanta suspeitas de que ele não é mais o mesmo, é o ataque valendo-se das fichas sujas arquivadas na memória, um verdadeiro boletim policial. Artifício inteligente por ser demolidor ao tirar o homem do sério. Ele não tem como defender-se de seu passado tenebroso, e, por vezes, parte para a agressão, queimando seu filme.
Melhor seria ele também valer-se do frescor de sua memória. Mas considera o rancor um golpe baixo. Além do mais, não possui a agilidade mental como a dela, que esgrima com habilidade para atingi-lo, senão feri-lo em seus pontos fracos, facilitada pela argumentação dele, que é lenta, por vir sobrecarregada de racionalismo repleto de sadismo. O que a obriga a liquidar com sua raça.
Essa lentidão decorre do homem sempre pensar em algo superior para rebater a mulher nesse estado de ânimos e, de preferência, sendo mais destrutivo, só que não consegue vencer a intuição feminina. Geralmente, os homens tomam horror a essa língua afiada, que corta feito uma navalha e deforma sua aparência ao transtorná-los, quando não os castra, de passagem. Não restando outro recurso senão abandonar a disputa, vencidos pela língua também virulenta e corrosiva, que os obriga a vergar-se aos argumentos das mulheres, aí vistas como adversárias.
Mas não adianta jogar a toalha, pois as mulheres, nesse particular, formam um time sem combinarem entre si as regras do jogo. Mesmo que ele ande pianinho, elas acumulam em sua memória de elefante tudo o que andou fazendo de errado no passado, especialmente quando as desvalorizaram e não mais as consideraram suas eleitas ou favoritas.
O homem não tolera a mulher no lugar de analista de almas perdidas (assim se vê), devassando sua vida e submetendo-o a um implacável e minucioso inquérito, ainda mais que carrega consigo uma culpa ancestral do que andou ceifando em outras vidas – o que elas tinham de melhor. Sobrevém uma visão fantasmagórica de sua cabeça decapitada exposta numa bandeja com os olhos esbugalhados e a situação do gênio incompreendido, que nunca deveria ter saído da lâmpada, pois seus desejos não foram realizados.

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Antonio Carlos Gaio
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