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MEDO DA MORTE

Existe uma estreita relação entre como o espírito reage à passagem de um plano de exis¬tência para outro e o medo da morte. Ou seja, os mais apegados à ma¬téria e que desconhecem as propriedades do Mundo Espiritual ten¬dem a temer a morte. Já aqueles que possuem uma noção mais clara do que é corpo e do que é espírito, procuram se rela-cionar com a morte de um modo mais sereno.
O medo da mor¬te é compreensível, se considerarmos séculos de lavagem cerebral de que seremos submetidos a um julgamento impiedoso por um deus implacável, quando morrermos. Com grandes chances de arder no fogo do inferno, face à facilidade em cair no pecado – ai de quem desobedecer! Some-se o avan¬ço da cultura do consumismo, na qual o possuir vale muito mais do que o peso de sua alma. Sem falar nas perdas a que estamos sujeitos, numa lista iniciada em filhos que ficarão desprotegidos, em pais, cujo zelo e carinho deixaram sua marca, no companheiro ou na mulher fora do seu alcance, a quem não poderá mais abraçar e beijar.
A sinistra inspiração que envolve a mor¬te na lite¬ratura, em tudo lembrando um filme de terror, senão uma tragédia grega, reforça o paradoxo de como nos preparar para morrer, sendo o desenlace inevitável, se pretendemos seguir vivendo, com todas as forças do coração. Ainda que a vida não corresponda aos seus anseios, ninguém deseja partir antes da hora aprazada. Que tempo é esse, quem sabe? Nem quer saber, pois falar de morte representa mau agouro.
Enfim, a proximidade da morte amedronta porque reduz o indivíduo à sua verdadeira dimensão; agravada, se não houver fé em dosagem suficiente para ampará-lo e confortá-lo na travessia. Como a morte pode não mandar aviso, o trauma preexiste e desbanca o ateu que, na expectativa do confronto de suas convicções com Deus, treme só de pensar em cruzar o rio que se interpõe entre os dois planos. Quando é a passagem para o mundo real, o dos espíritos. A vida material encarnada no corpo é finita e transitória.
A morte é como o retorno ao lar, depois de longa e exaustiva corrida de obstáculos. Para que se proceda o balan¬ço de tudo que foi realizado de produtivo e do que não conseguiu ser superado na jornada terrena. Nada do que foi vivido e aprendido é deixado para trás. Não adianta martelar “quem não deve, não teme”, em vista do exame de consciência no Plano Espiritual não guardar paralelo com o que é praticado aqui na Terra. Temporários são as saudades e apego aos entes queridos; em breve, nos encontraremos todos no lado de lá.

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Antonio Carlos Gaio
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