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O ESTUPRO SISTEMÁTICO DE MULHERES PELO ESTADO ISLÂMICO É UMA DERIVAÇÃO NEFASTA DA EXPLORADA TRADIÇÃO SECULAR E TRIBAL DO CASAMENTO ARRANJADO DENTRE OS ÁRABES?

Ao invadir o lar dos yazidis no Monte Sinjar, no Norte do Iraque, que representam 1,5% da população do país, o Estado Islâmico decidiu reviver a instituição da escravidão, quando executou homens e meninos mais velhos e confinou mulheres e meninas para serem vendidas como escravas a outras partes do Iraque e da Síria. Fazem uma leitura seletiva do Alcorão ou mesmo da Sunna – tradições baseadas nas falas e atos do profeta Maomé, que não está mais aqui para se defender de seu santo nome invocado levianamente -, dando-lhes o direito de estuprar se a vítima for de religião diferente do Islã, e assim considerada infiel, o que deixa o estuprador mais perto de Deus, não apenas justificando a violência, mas celebrando cada ataque sexual como espiritualmente benéfico, e até virtuoso. Fazem questão de cercar o estupro como um ato de devoção religiosa, não sem antes amarrar as mãos da menina de 12 anos, sua preferência sexual, e amordaçá-la, para depois se ajoelhar ao lado da cama e prostrar-se em oração antes de consumar o ato sexual. Sem se importar, nem um pouco, se está causando dores à menor de idade. O estupro sistemático de mulheres, que se entranhou na organização radical do Estado Islâmico, pode ser considerado uma deformação da explorada tradição secular e tribal do casamento arranjado dentre os árabes? Onde cuidado e carinho constituem um tabu, um segredo também secular de suas intimidades. O que conspira, e muito, para não reverberar em sofrível desempenho sexual do macho árabe e consequente má fama. Acobertado pela instituição do casamento. E quanto ao jihadista, acobertado pela violência que o regime da mordaça impõe. Transformando-os em meros coelhos reprodutores.

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Antonio Carlos Gaio
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