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O HOMEM É INCENSADO PELO PRAZER

Vivemos uma época de liberdade sexual e da busca frenética pelo prazer, em que é penoso admitir que a dor viva no seio do prazer. O prazer exige que seja saciado, reproduzido, multiplicado, para evitar a existência monótona e estúpida à sombra da solidão. Há que repeti-lo exaustivamente até que nos frustremos, mesmo porque o prazer de amanhã nunca será igual ao de ontem. Não se permite rebobinar a fita, o que acaba por insatisfazer a mente, cair em depressão e ficar de mal com a vida.
É um círculo vicioso e viciado.
Tente dizer isso para os contaminados com o prazer e será apedrejado pelos adoradores do amor fácil – e muito bem entendido e aceito pelos compulsivos do amor.
Não sabem degustar a vida sem estar incensados pelo prazer. Uma droga que não há campanha que ponha fim. Como conscientizar contra o que é bom e aparentemente não faz mal à saúde? Se é padrão de felicidade se feito todo dia com o mesmo parceiro ou cônjuge?
No entanto, para perturbar, compara-se o prazer, seja com os seus próprios padrões com o correr do tempo, ou com os de outrem. De início, só para se manter bem informado. Na sequência, para tomar conhecimento do quanto se encontra defasado. O que termina por frustrar o homem justamente naquilo a que é predestinado para integrá-lo à sua completude.
A mente dele não acompanha esses comparativos que atestam falta de atualização ou fixação no sexo. O imaginário começa a não comparecer para inventar e o prazer se perde discutindo a relação em torno de se era amor ou sexo.
Aí ele fica mal com Deus, debatendo-se para não morrer afogado por não saber responder por que a chama do amor se apaga se o prazer do sexo se esgota na ânsia de ser saciado.

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Antonio Carlos Gaio
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