O que está por detrás da notícia em rápidas palavras
REGULAR A MÍDIA NÃO É CONTROLAR SEU CONTEÚDO E SIM AMPLIÁ-LO
A antiga e grande mídia espalha aos quatro ventos que regular a mídia é censurar ou controlar o conteúdo do que é veiculado. Quando o que faz é mirar no pool constituído a partir da concentração de rádios e TVs nas mãos de poucas empresas, os chamados barões da mídia, formando um cartel de mesma linha editorial com a finalidade de intervir no processo democrático para tentar conduzir o país para onde deseja, de acordo com os interesses voltados para privilegiar a iniciativa privada e as privatizações em detrimento da erradicação da miséria ou de melhorar a distribuição de renda. É verdade que é cada vez mais impossível, pois o eleitor tem votado segundo seu tirocínio. Mas há que se garantir a democratização das concessões no compasso do aumento das redes sociais, contribuindo para ampliar a liberdade de expressão e refletir as transformações sociais dos últimos dez anos, baseado no pluralismo de opinião e na diversificação da ótica do saber. Obama já não dá entrevistas para a retrógrada Fox News. O Reino Unido estuda regular sua mídia, atormentado pela invasão à privacidade da família real com um trote que resultou no suicídio de uma enfermeira e pelas artimanhas do pústula Rupert Murdoch. Democracia não é você se informar a partir de uma grande família que reza unida. Cujas campanhas insidiosas saem do forno da padaria na mesma hora. O povo já sabe para que time a mídia torce. Não tem mais ninguém bobo. Vão acabar perdendo o bonde da História.
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Antonio
Carlos Gaio
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