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A TORCIDA BRASILEIRA NÃO ESTÁ ANIMADA PARA A COPA

“O Brasil que eu quero”, o refrão da Globo para tentar esconder o Brasil que restou do golpe. Bandidos assassinando PM’s sem piedade no Rio de Janeiro, quando descobrem quem são em dias de folga, mandando Douglas Caluete, de 35 anos, se deitar no chão para fuzilá-lo pelas costas. Provocando um infarto na mãe, Dona Maria José Caluete, de 58 anos, e ela vir a morrer, quando se abaixou para tocar o corpo do filho estendido na rua – o bem mais precioso que possuía. A bala perdida que atingiu o peito de Alessandra Soares em sua casa de Catumbi, que só se preocupou com a filha de 3 anos, mandando tirá-la dali para não a ver morrendo, levando a criança a não dormir perguntando pela mãe. Para garantir a integridade dos ministros do Supremo no aeroporto de Brasília e diante de tantos achincalhes à figura inescrupulosa de Gilmar Mendes e à insegurança jurídica proporcionada pela instituição, a distinta corte reservou uma área exclusiva por cerca de 40 mil reais mensais para aguardarem o embarque, serem levados de van até o avião e embarcarem pela escada lateral no finger. Não é à toa que o baixo-astral e a sensação de fracasso com a crise no país instalada pelo golpe, principalmente dentre os desempregados e falidos que apoiaram o dito cujo, contaminou o espírito brincalhão e festivo usual dos brasileiros às vésperas da Copa do Mundo na Rússia. Partiu-se, então, para o uso de uma camisa vermelha com a inscrição nas costas “Foi golpe” e o número 16 (ano do impeachment de Dilma) e o repúdio ao escudo da CBF à frente, em virtude do recebimento de propinas auferidas por Ricardo Teixeira, prisão de José Marin nos EUA e banimento de Del Nero ordenado pela Fifa. Não há que compactuar mais com a camisa amarela da Seleção Brasileira e dos patos da Fiesp, que virou símbolo de massa de manobra comandada por golpistas, ex-eleitores do Aécio, com boa parte tendo se bandeado para Bolsonaro. Como trajarmos o mesmo uniforme se o Brasil restou irremediavelmente dividido e estamos em plena guerra ideológica (nós contra eles) que não se esgotará nas eleições em 2018? Como avançar unidos e coesos para torcer pelo Brasil no desejo de conquistar a Copa do Mundo? Até para curar as feridas do 7×1 infligido pela Alemanha em 2014! Nem merecemos por conta desse panorama avassalador no país. Mas como o futebol é uma caixinha de surpresa e o sonho acalenta a alma, quem sabe se não comemoraremos a conquista em meio a camisas vermelhas e amarelas? Ao menos para provar que somos um país de amadores em meio a tanto profissionalismo em jogo no meio do Judiciário e da classe política – não estão ali para brincar.

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Antonio Carlos Gaio
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