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BALANÇO DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA REALIZADO PELA COMISSÃO DA VERDADE

Todos os generais que se tornaram presidentes da República durante a ditadura militar (1964-1985) foram considerados autores de graves violações de direitos humanos, aqui abreviado para crimes de torturas. Que se juntam a todos os ministros do Exército, Marinha e Aeronáutica, chefes do Serviço Nacional de Informações (SNI) e dos Centros de Informações das três armas (CIE, Cenimar e Cisa) no período, numa lista com 53 nomes. A segunda lista engloba militares e civis com 88 nomes, que ocupavam cargos de comando mais baixos, dentre os quais os chefões do DOI-CODI. Dos 137 militares que constam das duas listas, apenas 7 estão vivos, o mais velho com 107 anos e o mais novinho, 89. A terceira lista teve 258 nomes com responsabilidade sobre o trabalho sujo e autoria direta nas execuções de 191 guerreiros, 208 desaparecidos e 35 corpos identificados. 27 unidades militares funcionaram como centros de repressão, tortura e morte na ditadura, além de 11 centros clandestinos como a Casa da Morte, em Petrópolis. Mais de 300 militares brasileiros passaram uma temporada numa escola de guerra americana para ter aulas teóricas e práticas sobre tortura que propiciaram 20 mil vítimas que padeceram nos paus de arara e cerca de 30 tipos diferentes de sevícias aplicadas sistematicamente pelas Forças Armadas em todo o território nacional. A concluir que a tortura era uma política de Estado, acionada a partir da sala da Presidência da República e prosseguindo por um longo caminho institucional e oficial até chegar às câmaras de tortura dos órgãos de repressão. A tortura já era empregada pela polícia no Brasil contra presos comuns e se sofisticou para se tornar a essência do regime militar. Para instilar o pavor monstruosamente sádico no cidadão de vir a desaparecer da face da Terra. Pior do que morrer fisicamente. Pois o destino seria incerto. O que irá acontecer com ele? Será que ele irá morrer? Ou não? Foi o caso do piloto da Aeronáutica Hernani Fittipaldi, que chegou a ficar 6 meses preso num submarino em alto-mar por ter ajudado o ex-presidente Jango a se dirigir para o exílio no Uruguai.

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Antonio Carlos Gaio
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