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CAPÍTULO 207 – FORÇA DA GRAVIDADE

Isaac Newton, físico e matemático, conhecido pela criação da lei da gravitação universal e considerado um dos homens mais importantes na História da Ciência, filho de camponeses, órfão de pai e criado pelos avós, tendo ingressado na Universidade de Cambridge, onde não foi um aluno extremamente brilhante, já que dedicava mais tempo aos seus próprios estudos e a pesquisas do que ao programa oficial da universidade, para se alçar ao ápice da revolução científica. Newton disse que a força da gravidade explica os movimentos do planeta, mas não pode explicar quem colocou os planetas em movimento.
Deus presente na Ciência e na vida humana enquanto o homem ainda não consegue explicar a fenomenologia da gravidade, por exemplo. E assim prossegue, lutando por conseguir decifrar alguns enigmas da vida em meio a suscitar outros num movimento de caráter moto-perpétuo, indefinível por excelência. Ou seja, por sermos tão primitivos e limitados, até por ainda nos valermos da guerra para dirimir divergências, não fazemos jus a voar em pensamento para outros mundos mais evoluídos e necessitamos de tornozeleiras (força da gravidade) para nos manter atados a um planeta ainda acorrentado ao atraso, senão retardamento espiritual. Como se estivéssemos em um regime de liberdade vigiada e nosso comportamento analisado por um sistema assemelhado à leitura facial para poder interpretar o que se passa em nossa alma.
A ducentésima sétima intervenção espiritual, em 12 de janeiro de 2024, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 115 (“Amai-vos”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 5 (“Bem-aventurados os aflitos”), item 18 (“Bem e mal sofrer”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Buscar as fontes sublimes para retirar apenas conforto é proceder à maneira das crianças quando só têm olhos para brinquedos e guloseimas. A mente despreparada e juvenil necessita aceitar a educação construtiva que lhe é oferecida, na ação incessante do bem, a fim de que seus mentores e protetores se sintam correspondidos em sua heroica vigilância e dedicação. A sede de ternura palpita em todos os seres, mas não se deve esquecer o trabalho que fortalece as energias comuns e o esforço próprio que enobrece o caminho, nem os instrumentos espirituais postos à nossa disposição para fortalecer a alma e fazê-la resistir nos maus dias, resguardada pela couraça da firmeza de Deus.
Mas poucos sabem sofrer, não alcançando que o fardo colocado sobre seus ombros é proporcional à sua capacidade de dar conta, nem tampouco faltar consolação ou amparo, se não houver coragem para enfrentar as vicissitudes da vida. Se, à menor contrariedade, não se esforçam para dominar os ataques de impaciência, de raiva ou de desespero. Não pode haver desânimo, se a recompensa só será mais generosa quanto mais difícil tiver sido a sua aflição.
A vida é notoriamente repleta de tribulações. Com a força da gravidade, tudo tende a cair. A retroceder ao centro da Terra. Nunca para expandir e vencer a resistência da atmosfera, salvo com muita dificuldade. Somos condenados a nos manter circunscritos a um universo cujas estrelas soam como um sonho distante, sem conseguir transcender para a Luz que aclararia nossa visão, salvo se não nos deixarmos abater e insistirmos em nossa trajetória com muita fé, suplantando o que a nossa prodigiosa mente é capaz de fabricar, a separar o certo do errado. A verdade da ilusão. A isolar o falso. E conquistar o que nem sabíamos ao certo que desejávamos, por não ser de ordem material e confundirmos com felicidade, independente das cicatrizes que acumulamos.
Em suma, pela lei da gravidade estamos presos à Terra. E, para transcendermos, precisamos evoluir espiritualmente.

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Antonio Carlos Gaio
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