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CAPÍTULO 21 – A ISENÇÃO FICA COMPROMETIDA SE JULGARDES COM ÓDIO

O juiz linha-dura Joaquim Barbosa mandou o seu colega Lewandowski votar de forma sóbria. Não que ele estivesse bêbado. Mas sem apelar votando com candura e compreensão excessiva com a ré Geiza Dias, funcionária batedora de cheques e de baixo salário, ignorante sobre o que consiste lavagem de dinheiro e considerada mequetrefe pelo seu próprio defensor. Lewandowski apenas procura limar o rigor dos já chamados Jô Soares II (procurador) e Torquemada (relator), com ambos ignorando as alegações da defesa por considerarem-nas verdadeiras ladainhas. Foi o que bastou para Joaquim Barbosa se irritar com quem ouse absolver um que seja de seus acusados, mesmo ganhando uma merreca. Esquecendo-se da recomendação do juiz Peluso ao se aposentar, para não julgar com ódio – senão, perde a isenção.  Depois ele reclama de dores terríveis na coluna e não entende. Não que tenha de praticar o perdão no julgamento do mensalão. Mas fora dali. Onde deve ser difícil conviver com esse gênio irascível, intolerante e autoritário. Para nos demonstrar que o supremo juiz é um ser humano como outro qualquer, sujeito a cometer erros até mais do que nós, por ter de decidir frequentemente sobre cabeças a rolar no bater do martelo. É uma provação a ser enfrentada, sem dúvida, sem que deixe quebrar sua espinha dorsal. O desafio.

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Antonio Carlos Gaio
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