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CAPÍTULO LXXXIV – PRISIONEIRO DE SUAS MENTIRAS

Vive ao relento quem é prisioneiro de suas mentiras. A razão à qual se escraviza é nunca encontrar quem lhe ofereça um teto financeiro que o abrigue das intempéries da vida. Por não saber se sustentar desde que se entende como gente. Por necessitar de um tutor para gerir sua existência. Um guardião para ampará-lo e protegê-lo. Se acha incapaz de corrigir essa falha de caráter suprida com mentiras e golpes. Como se a verdadeira propriedade fosse só o dinheiro que falta no final do mês, do semestre, do ano, do porvir.
O dilema de não mais ter como voltar atrás, do tanto que já veiculou na contramão em excesso de velocidade, avançando o sinal. Senão, irá macular a integralidade de sua trajetória já percorrida. Contudo, não há perdão nesta vida, salvo se negar o que sempre foi. Seria como que encarnar de novo ainda dentro dessa encarnação. Algo impossível, teria que, envergonhado, passar a um ato de humildade após um verdadeiro auto de fé de tudo que o incriminasse.
De que adianta não se arrepender? Quando realizar a grande viagem e lá chegar, perceberá que ainda é prisioneiro de suas mentiras, de nada lhe valendo reiterar a negação. E se, todavia, insistir em suas atitudes, irá para o limbo, o rol das pessoas que teimam em não adquirir consciência do estado (espírito) em que se encontram e não passam a agir em função de uma outra realidade, que os libertará. Salvo se aproveitar a grande oportunidade que se descortina e se livrar do seu interminável cárcere, não mais mentindo.
A octogésima quarta intervenção espiritual, em 16 de agosto de 2019, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre o item 9 (“A verdadeira propriedade”) do capítulo 16 (“Não se pode servir a Deus e a Mamon”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Quando o homem chega no Mundo dos Espíritos, ninguém irá perguntar-lhe quanto acumulou em bens, títulos e dinheiro na Terra, que posição ocupava, se era príncipe ou plebeu, tão somente o que se refere à alma: as qualidades morais, os conhecimentos adquiridos segundo seu livre-arbítrio e a inteligência daí decorrente. Isso é o que traz e o que leva, e que ninguém tem o poder de lhe tirar, servindo-o no outro mundo, muito mais do que neste. Verdadeiramente, o homem só possui como seu aquilo que pode levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e do que deixa ao partir, unicamente desfruta durante sua permanência na Terra. Mas, forçado que é a abandonar todo o dinheiro que juntou e aplicou, ao desencarnar, possui apenas o usufruto, e não a posse real. Enquanto aqui, quem nada tem, é deixado ao relento e outro, com dinheiro, habilita-se a comprar campos, casas, palácios, no Plano Espiritual, inexiste transação e tudo é pago, melhor dizendo, retribuído com as qualidades da alma.
Quando um homem viaja para um país distante, arruma sua bagagem de acordo com o clima e os costumes reinantes, não levando o que lhe será inútil. Fazei, pois, o mesmo, direcionando sua visão para a vida espiritual futura. Fazei provisões de tudo que poderá lhe ser útil no Plano Espiritual.

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Antonio Carlos Gaio
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