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CAPÍTULO II – RODA DE SAMSARA

A Roda de Samsara são as mutações a que a vida nos submete, num encadeamento de causas e efeitos que conduz sempre ao sofrimento e à dor. Uma condição a ser superada em seu carma (destino), o que me levou ao diagnóstico da recidiva do fogo selvagem em julho de 2015 ter sido causada por violenta alergia resultante da incompatibilidade com remédios que ingiro. Que diferença faz a intitulação da enfermidade? Se a Ciência ainda não sabe medir stress (proveniente da minha cirurgia do câncer) nem a predisposição com que o organismo reage de maneira muito particular à ingestão de medicamentos num mundo cada vez mais repleto de conservantes químicos e oxidantes. Se ainda me sinto muito doente, embora insistam em dizer que tenho uma saúde de touro. Se as queimaduras me marcaram em ferro e brasa os membros superiores e inferiores, a pele enrugada na face interna das coxas e nas dobras dos joelhos impediram-me de andar em consequência da dor. Não me permitiram sentar direito para comer à mesa ou dormir à vontade. Os pés incharam – deformação a caminho?
Contudo, continuo a descamar diária e abundantemente – sinal de cura? Água fluidificada, pomada do Vovô Pedro e homeopatia é o que foi prescrito na intervenção espiritual. Fazendo girar a Roda de Samsara, expelindo essa serpente que desavisadamente penetrou em meu corpo e se arrasta espalhando o Mal, abrindo fendas onde antes era rijo e transparecia vitalidade.
A segunda intervenção espiritual, em 7 de agosto de 2015, se iniciou com cânticos e a leitura do item 19 (“O Mal e o Remédio”) do capítulo 5 (“Bem-aventurados os aflitos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, com palavras que me impactaram e repercutiram em mim.
Olhai para o Céu e bendizei ao Senhor por ter querido vos experimentar – com o fogo selvagem. Será que apenas reconhecereis o poder de Vosso Mestre quando tiverdes curado as chagas de vosso corpo e coroado vossos dias de bem-aventurança e alegria? Será que somente reconhecereis seu amor quando Ele lhe tiver restabelecido a pele livre da pestilência? Ou apenas quando reduzido à miséria mais profunda, depois de rejubilar-se com todas as alegrias da riqueza, tiver suportado a prova com fé e principalmente resignação? Que remédio receitar aos que são atacados por males tão dolorosos? Não pergunteis qual remédio é preciso empregar para curar tal chaga, tamanha a provação. Lembrai-vos de que aquele que crê é forte pela certeza da fé e que, aquele que duvida um segundo que seja, experimenta no mesmo instante as angústias dolorosas da aflição. Todavia, todos cerram fileiras em torno da cura, quando também o que importa é abrir novas possibilidades, cabendo à fé, como remédio certo para o sofrimento, mostrar as perspectivas de um novo horizonte diante do qual se apagam os dias sombrios do presente. Compreendestes agora que as vossas desventuras são as consequências dos vossos males no passado e que elas terão consolação no futuro que Deus vos prepara? Vós que mais sofreis, considerai-vos os bem-aventurados na Terra.
Causou estranheza todos os comentários convergirem para a crise de fé, com os participantes, quase sem se aperceberem, denotando uma preocupação que foi num crescendo e de forma bastante franca, face ao abalo que pode provocar não haver remédio em suas reservas para o mal físico ou moral, sendo obrigados a lutar de corpo e alma contra o inimigo que os açoita.
Imergi na câmara escura influenciado por esse estado de espírito reinante, mas não me inquietei, assistido, dessa vez, pela minha avó Marietta em minha lembrança. Não a deixei sair de perto.

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Antonio Carlos Gaio
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