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“JUDY – MUITO ALÉM DO ARCO-ÍRIS”

Só dá no filme de Ruppert Goold a atriz Renée Zellweger, que vem colecionando prêmio em cima de prêmio por sua interpretação como a cantora e artista do vaudeville Judy Garland, uma das principais estrelas da era de ouro de Hollywood dos filmes musicais. O filme concentra seu foco nos seus últimos anos de vida, quando, em 1968, aos 46 anos, quatro vezes divorciada, sem conseguir mais trabalho em Hollywood e vivendo de aparições em que lhe pagavam uma ninharia, aceitou fazer uma turnê em Londres e, em consequência, perder a guarda dos filhos. A famosa menina de “O Mágico de Oz” (1939) cresceu pressionada pelos executivos de cinema que, para acompanhar o ritmo frenético de fazer um filme atrás do outro e controlar seu peso, exigiam dela o consumo de anfetaminas bem como barbitúricos para dormir, o que a levou ao vício, contribuindo para sua morte. Carente afetiva, preocupada com sua aparência e atormentada por sua baixa autoestima, buscava compensar suas desilusões amorosas na dependência ao álcool. O filme não aborda suas tentativas de suicídio. Ah, e Renée Zellweger? Fez aulas de canto para alcançar o estilo vocal de Judy Garland, além de trabalhar a expressão corporal para conseguir sua postura curvada ao cantar. Não há como se prestar atenção em outros aspectos do filme, pois o martírio de Judy Garland impera sobre nossa vontade. Como é possível a gente se perder nos capítulos finais de nossa trajetória! Se é que a derrocada não começou no início de nossa jornada e nem nos apercebemos, mergulhados na luta para sobreviver.

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Antonio Carlos Gaio
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