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PARA ONDE NOS LEVA O DNA?

Uma mulher foi possuída pela obsessão de ligar repetidamente para o mesmo telefone sem deixar mensagem. 6.700 vezes, em Orléans, na França. O telefone era do Corpo de Bombeiros. A Justiça tem sido alvo de pesadas críticas, mas justiça seja feita, o juiz não descartou a hipótese do tédio e a condenou a três meses de prisão, aliviando sua solidão.
Em Unaí, a 140 km de Brasília, Geraldo Péres não troca uma palavra com Sebastiana Castro há 35 anos. Casaram-se há meio século, tiveram 12 filhos, são avós de numerosos netos e seguem vivendo juntos de conformidade com a tradição. O rompimento do diálogo se deveu a um dos filhos ter nascido de olhos azuis. O que não impediu de posteriormente desmamarem mais cinco rebentos, pois bastava um leve toque no ombro para reiniciar o ritual. Geraldo acha que é irrelevante a conversa para ter filhos, mulher nenhuma pode saber se o homem gosta dela, se não ela monta e aproveita. Sebastiana, feliz com a renovação das promessas de fidelidade e amor eterno nas bodas de ouro, recorda que casou com treze anos, preferindo o banho no córrego e o balanço nos pés do ingá do que as dores do parto.
Ida foi uma das musas que contribuíram para o vôlei brasileiro ganhar altura ao posar nua para a Playboy. Reconhece que pesou a vaidade e grana para demarcar imagem, quase interferindo no espírito olímpico da seleção que foi à Atlanta. Se apaixonou 500 mil vezes e se divertiu muito, sempre sonhando com o príncipe encantado. Retorna integrando o novo time do Vasco, aos 35 anos, após uma queda de lambreta em Ibiza deixar-lhe como saldo dez fraturas no rosto e quatro anos de ostracismo. O celular ficou mudo e descobriu que na vida se é meio sozinho, “príncipe encantado não existe, príncipe é quem está com você, é seu companheiro e te dá força”. 
Chico Anysio é o maior santo casamenteiro da praça, que personifica a exaltação do macho na mais pura acepção do termo. Bom e extremoso pai de família, provedor de boa cepa que não nega fogo, somente mulheres mais jovens conseguem demonstrar o mesmo apetite para se acasalarem. Henrique VIII, com suas seis mulheres, e Charles Chaplin, que com 81 anos ainda povoava o mundo, não lhe fazem sombra. Que o diga sua última esposa, a gaúcha Malgareth, ex-fisioterapeuta e cantora de música italiana, agora dona de uma clínica de relaxamento na Barra. Quanto mais ele ama e amadurece, missão impossível refrear a incorporação do espírito de alguns de seus brilhantes personagens que dormiam dormentes dentro dele e despertaram para a realidade.
Aos 87 anos, Baby Monteiro de Carvalho, dono do grupo Monteiro Aranha, enfrentará uma ação de reconhecimento de paternidade de Alessandra Rabello, de 28. Seu pai de batismo, o dono da construtora Rabello, já se submeteu e provou inexistência de consangüinidade. Sua mãe viveu um romance que durou três décadas com o patriarca de uma das mais tradicionais famílias do Rio, confirmando o consolo da amante “ela é a esposa mas a titular sou eu”.
Se negar a fazer o exame de DNA implica em confissão da paternidade e a revelação de quem é o pai da criança dessas tristes novelas, de que a galinha veio antes do ovo, quantos pais-nossos serão precisos rezar nesse terço para deletar o pecado original, e que o sexo a longo prazo não traz felicidade.

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Antonio Carlos Gaio
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