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CAPÍTULO LXXIII – O AMIGO QUE É IRMÃO

Questão que só o Espiritismo pode explicar pela pluralidade das existências através da encarnação e da reencarnação. Dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito do que se o fossem pelo sangue. É o chamado amigo para a vida toda, e portanto… um irmão! Por vezes, esses amigos tomam rumos diferentes em suas vidas quando jovens, mas são capazes de voltar a serem amigos 50 anos depois – o amigo inesquecível, que é irmão! Ou dar a mão para o amigo que se afastou por conta de desatinos que arruinaram sua vida e hoje está passando dificuldade, ou sua saúde malcuidada estar empurrando-o para o desencarne. Esses amigos irmãos se querem, se procuram, sentem vontade de estar juntos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem se repelir, como só e acontece todos os dias. Não precisam se chamar Caim e Abel.
A septuagésima terceira intervenção espiritual, em 15 de fevereiro de 2019, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre o item 8 (“Parentesco corporal e parentesco espiritual”) do capítulo 14 (“Honrai vosso pai e vossa mãe”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Os laços de sangue não estão necessariamente ligados aos laços espirituais. O corpo gera o corpo, porém o Espírito não, por já existir antes da gestação do corpo. Não foram os pais que geraram o Espírito de seu filho, eles apenas lhe forneceram um corpo carnal, devendo ajudá-lo no seu desenvolvimento intelectual e moral para fazê-lo progredir.
Os Espíritos que encarnam numa mesma família, especialmente como parentes próximos, quase sempre têm uma ligação estreita advinda de relações de vidas anteriores, claramente demonstrada na afeição mútua que ambos nutrem na vida terrena. Pode também acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns aos outros, separados por uma antipatia gratuita, cuja aversão servirá de provação a ser vencida.
Portanto, os verdadeiros laços de família não são os da consanguinidade, mas sim os da cordialidade, generosidade e afinidade de pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e depois da encarnação.
As famílias formadas por laços espirituais são duráveis e se fortificam pela evolução, prosseguindo no mundo dos Espíritos por meio das muitas migrações de alma. As famílias por laços corporais são frágeis como a própria matéria, acabam com o tempo e, muitas vezes, se decompõem moralmente já na existência atual.
“Eis meus verdadeiros irmãos”: declara Jesus Cristo, aproveitando a oportunidade na presença de seus irmãos consanguíneos, para se dirigir a seus discípulos e consagrar o ensinamento sobre o que consiste a família espiritual. Seus irmãos o achavam fora de si. Talvez possuído pela importância do que já representava e estar se dirigindo à humanidade no microcosmo da futura Jerusalém.
Se, ao verdadeiro amigo, consideramos um irmão, por que não procurar estender o mesmo vínculo aos que se aproximam de nós, quando essa simpatia natural se irradiar como um perfume que inebria um ambiente? Pouco a pouco, se deve diminuir a distância para se amar o próximo. Restringindo a discriminação, a malquerença, o preconceito fútil e barato.

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Antonio Carlos Gaio
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