Jéssica se dizia vacinada. Tirava tudo de letra. Não fazia tempestade em copo d’água. Nos seus 13 anos, era a brincalhona que bem disfarçou a perseguição do bombeiro hidráulico, obcecado por ela. Amigo da família, até a hora que descobriram o assédio do caçador de noviças, de 53 anos. Expulso, decidiu se vingar. Invadiu a casa e atirou no rosto. Da tia da menor. Da Jéssica, depois de arrastá-la pelos cabelos. E do próprio, o troglodita que, indignado com o que Deus lhe deu nesta existência, só atirou para desfigurar, até destruir a sua mente bichenta. Perdido por um, perdido por mil.
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